O distanciamento social na época do coronavírus vem com um senso de obrigação.
Com vizinhos, amigos e famílias dependendo uns dos outros para obter apoio e ajuda, um estudo da Michigan State University enfocou o efeito da obrigação nos relacionamentos.
Como foi feito o estudo?
Publicado no Sage Journals, o estudo descobriu que enquanto algumas obrigações eram vistas como ‘massivas’ e prejudiciais para os relacionamentos, outras eram vistas como simples e mantinham relacionamentos juntos.
A equipe usou dados longitudinais de 18 anos para avaliar se o senso de obrigação está relacionado a mudanças no bem-estar individual e nos relacionamentos ao longo do tempo.
Sobre as descobertas do estudo
“Descobrimos que algumas obrigações estavam associadas a maiores sintomas depressivos e a aumentos mais lentos no apoio de amigos ao longo do tempo”, disse Jeewon Oh, um dos autores do estudo.
“No entanto, outras obrigações estavam ligadas a um maior apoio e menos tensão da família e amigos inicialmente.” O estudo se concentrou em encontrar o ponto em que as obrigações eram vistas como um fardo e provavelmente prejudicavam o relacionamento.
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Obrigação leve e obrigação substantiva
A equipe descobriu que havia um espectro de obrigações, variando de leves a substantivas. Ficar em contato com um amigo é um exemplo de obrigação leve, enquanto emprestar dinheiro é uma obrigação substantiva.
A obrigação leve resultou em melhores relacionamentos e bem-estar individual. A obrigação substantiva, por outro lado, pode diminuir os níveis de bem-estar. Isso também pode retardar o apoio de amigos.
Essa associação foi uniforme em diferentes idades. Curiosamente, o peso da obrigação também dependia do tipo de relacionamento.
As obrigações substantivas não tiveram o mesmo impacto quando entre cônjuges ou pais e filhos.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts