“Mensagens ocultas” são normalmente o tipo de coisa que os músicos de rock escondem em suas canções e que indivíduos estudiosos rastreiam. Desta vez, o oposto é verdadeiro.
Nos últimos 17 anos, John Lundberg e Eddie Weitzberg, dois pesquisadores do Instituto Karolinska em Solna, Suécia, têm incluído referências de Bob Dylan em seus vários relatórios e análises.
Onde tudo começou
Tudo começou em 1997, quando eles decidiram intitular um artigo acadêmico sobre gases intestinais “Óxido nítrico e inflamação: a resposta está soprando no vento” (Nitric Oxide and Inflammation: The Answer is Blowing in the Wind).
Além de serem fãs de The Voice of Protest, eles claramente apreciam uma boa piada de peido. Outro dos ensaios do grupo era intitulado “Tangled Up in Blue: Molecular Cardiology in the Postmolecular Era”.
Apesar de dar aos papéis o nome de algumas das canções mais famosas de Dylan, ninguém realmente pegou até um bibliotecário de seu instituto descobrir “Blood on the Tracks: A Simple Twist of Fate”.
Talvez porque aquele tinha duas referências a Dylan foi o que fez o bibliotecário se aprofundar um pouco mais e buscar mais títulos com o tema Dylan.
“Não estamos falando de artigos científicos; poderíamos ter problemas por causa disso”, disse Weitzberg a um jornal sueco. “Mas, sim, artigos que escrevemos sobre pesquisas de outros, introduções de livros, editoriais e coisas assim.”
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Em busca das mensagens ocultas
Apesar do fato de que sua conspiração boba lhes rendeu manchetes em todo o mundo, os pesquisadores dizem que continuarão escondendo letras e referências de Dylan em seus trabalhos sempre que puderem.
Eles têm uma aposta em andamento: quem conseguir retirar as mensagens mais ocultas antes de se aposentar vai ganhar um lanche grátis.
“Prefiro ficar famoso por meu trabalho científico do que por minhas citações de Bob Dylan”, acrescentou Weitzberg. “Mas, sim, estou gostando disso!”
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Portable Press