A crescente urbanização pode ser um fator impulsionador da disseminação de doenças infecciosas em todo o mundo.

Uma importante revisão conduzida por uma equipe interdisciplinar de pesquisadores do Reino Unido e Canadá descobriu que a expansão urbana estendida pode ter resultado em uma vulnerabilidade crescente à propagação de doenças infecciosas.
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Publicado na revista Urban Studies, o artigo enfocou a urbanização ampliada, particularmente as relações e rupturas socioecológicas que levaram a uma ocorrência crescente de doenças infecciosas em áreas periurbanas e suburbanas.
A urbanização estendida inclui suburbanização, pós-suburbanização e periurbanização. Ocorre na periferia das cidades à medida que se expandem. Essa extensão, especialmente nas nações em desenvolvimento da Ásia e da África, também está mudando a maneira como as pessoas vivem e interagem umas com as outras.
O resultado é uma interação fluida entre os ambientes urbano e rural, que criou ‘novos nichos ecológicos‘ que favorecem a propagação de doenças infecciosas. O estudo descobriu que essas áreas eram mais propensas a ser o centro de doenças infecciosas novas e reemergentes.
A crescente interação entre humanos, gado e vida selvagem deslocada coloca essas áreas em um risco particular de zoonose ou doenças infecciosas que saltam de animais para humanos.
O artigo identifica três fatores principais que levaram à disseminação de doenças infecciosas, mudanças demográficas, infraestrutura e governança. O estudo concluiu com a convocação de mais pesquisas nesta área para gerenciar possíveis surtos e minimizar os riscos.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts