Um estudo norueguês, publicado na revista Appetite, descobriu que o temperamento individual desempenha um papel decisivo no desenvolvimento do comportamento alimentar das crianças.
Leia também: A vizinhança pode alterar a expressão gênica de uma criança, revela estudo
As crianças temperamentais têm maior chance de desenvolver uma relação infeliz com a comida, juntamente com hábitos alimentares não saudáveis. Os autores recomendam que essas crianças podem precisar de atenção especial dos pais no desenvolvimento de bons hábitos alimentares.
A equipe de pesquisa usou uma amostra da comunidade de 997 crianças norueguesas para seu estudo. Esses participantes foram acompanhados bienalmente dos 4 aos 10 anos de idade.
Seus padrões alimentares foram mapeados por meio de um Questionário de Comportamento Alimentar Infantil. Ele foi projetado para medir o comportamento de “abordagem alimentar” e de evitação alimentar.
A abordagem alimentar foi avaliada por quatro parâmetros, a saber, capacidade de resposta alimentar, excessos emocionais, prazer na comida e desejo de beber.
Na outra extremidade da escala, o comportamento de evitar alimentos também foi medido por quatro fatores. Estes eram responsividade à saciedade, alimentação insuficiente, agitação alimentar e lentidão para comer.
A equipe descobriu que a afetividade negativa mais elevada (como reação de raiva, instabilidade de humor e emoções negativas desreguladas) influenciou tanto a abordagem alimentar quanto o comportamento de evitação alimentar.
Emoções positivas, maior envolvimento com o ambiente, por outro lado, foram associadas a mais abordagem alimentar e menos comportamento evitativo de alimentos. No entanto, isso não se aplica a uma alimentação excessiva ou insuficiente.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts
