Nos últimos anos, tem havido uma preocupação crescente com a solidão e seus efeitos na saúde mental. Mas o que nos faz sentir solitários, mesmo quando fazemos parte de um grupo de colegas ou de uma família?
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Uma pesquisa recente, publicada na revista Personality and Individual Differences, tentou responder a isso explorando o papel da idade, gênero, cultura e a interação entre esses fatores na decisão da solidão.
O estudo descobriu que a solidão aumentou com a idade e o individualismo, e era mais comum entre os homens do que entre as mulheres. Os mais vulneráveis são os jovens que vivem em uma cultura individualista.
Essas descobertas foram baseadas em dados do BBC Loneliness Experiment. A equipe de pesquisa analisou as informações coletadas de 46.054 participantes, com idades entre 16 e 99 anos. A maior pesquisa desse tipo teve participantes de 237 países e vários territórios.
A pesquisa foi realizada por meio de um questionário que perguntava aos participantes quando se sentiam solitários, qual era sua experiência de solidão e por quanto tempo durava essa experiência.
Isso deu aos pesquisadores a oportunidade de analisar como a solidão pode variar de acordo com o gênero, a idade e as culturas. Eles também estudaram como esses fatores poderiam funcionar juntos.
As principais descobertas foram:
- Os jovens relataram sentir-se solitários com mais frequência do que os de meia-idade.
- Os participantes de meia-idade, por sua vez, relataram solidão mais do que pessoas mais velhas.
- Pessoas em países individualistas relataram se sentir mais solitárias do que pessoas que vivem em culturas coletivistas.
- Os homens relataram mais solidão do que as mulheres.
- Existe uma interação de idade, sexo e cultura na previsão da solidão.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts