É uma situação que os pais conhecem muito bem: mesmo que um bebê pareça completamente calmo, há uma boa chance de ele começar a se agitar no momento em que você sentarna poltrona mais próxima.
Se você já passou uma noite andando sem parar com um bebê nos braços e apenas um pensamento em sua cabeça – “Por que meu filho não me deixa sentar?” – temos algumas respostas para você. Como explica Fatherly, o fenômeno um tanto exasperante pode ter origens evolutivas.
Ficamos quietos se nossos pais estão em movimento
Imagine que você está rasgando a selva com um predador sanguinário em sua perseguição.
Suas chances de sobrevivência são maiores se a criança agarrada ao seu peito não o estiver atrapalhando por se contorcer e chorar.
Ao longo de milhões de anos, nossa espécie pode ter evoluído para ficar automaticamente parada e quieta quando nossos pais estão em movimento, e retornar ao nosso antigo estado de inquietação assim que esse movimento para.
Em movimento, o batimento cardíaco do bebê diminue
Em um estudo publicado na revista Current Biology, os pesquisadores acompanharam os batimentos cardíacos de 12 bebês em três situações diferentes.
A saber: enquanto suas mães os carregavam; enquanto suas mães estavam sentadas com eles; e enquanto eles estavam deitados em um berço.
Além de visivelmente se acalmar quando carregados, os batimentos cardíacos dos bebês eram visivelmente mais baixos.
“Esses dados sugerem que os bebês ficavam mais relaxados durante o carregamento do que durante o abraço, não apenas comportamental, mas também fisiologicamente”, escreveram os pesquisadores.
Você pode ver alguns desses efeitos comportamentais e fisiológicos no vídeo abaixo; o gráfico mostra o tempo decorrido entre os batimentos, de modo que picos altos correspondem a frequências cardíacas baixas.
Outros mamíferos fazem o mesmo
Uma resposta fisiológica inata ao ser carregado não é específica para bebês humanos. Outros mamíferos, incluindo gatos, ratos e leões, enrolam suas patas traseiras e crescem imóveis sempre que suas mães os pegam.
No mesmo estudo, os pesquisadores observaram que filhotes de camundongos “mantinham uma postura imóvel e compacta” quando suas mães os seguravam pela nuca.
“Este estudo é o primeiro a estabelecer as semelhanças impressionantes do estado de calma induzido pelo transporte entre bebês humanos e filhotes de camundongos como uma orquestração de mobilidade reduzida, vocalizações de angústia e frequência cardíaca”, disse o estudo.
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Seu bebê não tem um senso de humor mesquinho
Claro, não podemos concluir definitivamente a partir de um pequeno estudo que os bebês humanos estão, de fato, inconscientemente tentando nos ajudar a sobreviver, acalmando-nos sempre que caminhamos.
Mas a hipótese por si só pode acalmar qualquer preocupação de que seu bebê tenha um senso de humor mesquinho.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Mental Floss
