Você já digitou um e-mail apenas para voltar a ele e descobrir, para seu horror crescente, que se referiu ao seu chefe como “Don” em vez de “Dan?” ou que você disse um palavrão quando queria ter dito “porta”?
Há uma boa razão pela qual somos tão terríveis em detectar esses erros de digitação, e isso tem a ver com o nosso cérebro ser um pouco eficiente demais.
O cérebro e a generalização
Em um artigo para a Wired, o autor Nick Stockton explica que erros de digitação são o resultado da transmissão de um significado que nosso cérebro já entende.
Conversando com Tom Stafford, psicólogo da Universidade de Sheffield, Stockton ilustra o ponto afirmando que uma tarefa simples como escrever ocupa menos espaço no cérebro do que a missão mais complexa de organizar nossas idéias.
Em outras palavras, nosso cérebro se concentra mais na comunicação – dizer o que queremos dizer, como queremos dizer – do que no ato de digitar. Esse processo é conhecido como generalização.
Quando lemos nosso próprio trabalho, já sabemos o que queríamos dizer, e esse conhecimento existente preenche “lacunas” na escrita que passam despercebidas.
Você pode não perceber o “coraçã” porque seu cérebro preenche “o” para você. Você espera ver isso. É semelhante a como passamos por processos automáticos, como dirigir para um lugar familiar.
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O truque é tirar a familiaridade da equação
É por isso que revisores – outras pessoas além de você – podem identificar erros com mais facilidade.
Seus cérebros não têm um mapa a seguir e, portanto, os erros de digitação se tornam gritantes.
Isso significa que detectar erros em seu próprio trabalho é uma causa perdida? Na verdade não. O truque é tirar a familiaridade da equação.
Se você escreveu algo em um dispositivo, imprima ou altere a fonte. Faça algo para que pareça um pouco estranho aos seus olhos para que não pareça tão estranho para outra pessoa.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Mental Floss
