Pesquisa alerta para o alto número de “falso-negativo” em testes de Covid nos primeiros dias de infeccção

Os primeiros testes para COVID-19 podem não mostrar resultados precisos.

ES registra mais 941 casos e outros 14 óbitos por Covid - ESHOJE
Foto: (reprodução/internet)

Leia mais: Por que algumas pessoas tem sintomas mais graves de coronavírus em relação a outras?

Uma pesquisa da John Hopkins School of Medicine, publicada nos Annals of Internal Medicine, descobriu que o teste precoce para a presença de SARS-CoV-2 provavelmente nos dará um falso negativo, mesmo quando o paciente pode estar infectado. SARS-COV-2 é o vírus que causa o COVID-19.

Os pesquisadores se concentraram na reação em cadeia da polimerase da transcriptase reversa (RT-PCR), o teste mais comumente usado para pessoas de alto risco.

O uso anterior deste teste mostrou que pode produzir falsos negativos nas fases iniciais, especialmente quando a amostra testada não contém a presença suficiente do vírus.

Os pesquisadores analisaram 7 estudos publicados anteriormente sobre o desempenho do RT-PCR. Ao todo, os estudos cobriram 1.330 amostras de esfregaços respiratórios de pacientes ambulatoriais e internados com infecção por SARS-CoV-2.

Eles descobriram que durante os primeiros quatro dias da infecção, antes do início dos sintomas, a probabilidade de um resultado falso-negativo diminui de 100% (dia 1) para 67% (dia 4).

A probabilidade continua diminuindo conforme a infecção progride até o dia 9, quando ela começa a subir novamente. Os resultados indicam que o falso negativo para o vírus SARS-COV-2 é alto durante os primeiros quatro dias da infecção.

Isso significa que devemos reavaliar as primeiras interpretações dos resultados dos testes e o monitoramento entre indivíduos de alto risco. O RT-PCR não pode ser o único mecanismo de teste onde a suspeita clínica é alta, concluíram os pesquisadores.

Traduzido e adaptado por Agora Sabe

Fonte: Organic Facts