Os primeiros testes para COVID-19 podem não mostrar resultados precisos.

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Uma pesquisa da John Hopkins School of Medicine, publicada nos Annals of Internal Medicine, descobriu que o teste precoce para a presença de SARS-CoV-2 provavelmente nos dará um falso negativo, mesmo quando o paciente pode estar infectado. SARS-COV-2 é o vírus que causa o COVID-19.
Os pesquisadores se concentraram na reação em cadeia da polimerase da transcriptase reversa (RT-PCR), o teste mais comumente usado para pessoas de alto risco.
O uso anterior deste teste mostrou que pode produzir falsos negativos nas fases iniciais, especialmente quando a amostra testada não contém a presença suficiente do vírus.
Os pesquisadores analisaram 7 estudos publicados anteriormente sobre o desempenho do RT-PCR. Ao todo, os estudos cobriram 1.330 amostras de esfregaços respiratórios de pacientes ambulatoriais e internados com infecção por SARS-CoV-2.
Eles descobriram que durante os primeiros quatro dias da infecção, antes do início dos sintomas, a probabilidade de um resultado falso-negativo diminui de 100% (dia 1) para 67% (dia 4).
A probabilidade continua diminuindo conforme a infecção progride até o dia 9, quando ela começa a subir novamente. Os resultados indicam que o falso negativo para o vírus SARS-COV-2 é alto durante os primeiros quatro dias da infecção.
Isso significa que devemos reavaliar as primeiras interpretações dos resultados dos testes e o monitoramento entre indivíduos de alto risco. O RT-PCR não pode ser o único mecanismo de teste onde a suspeita clínica é alta, concluíram os pesquisadores.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts