
Por um lado, a própria pílula não sabe o que fazer. É uma coleção de produtos químicos e não tem cérebro ou senso de dever. Mas o corpo parece saber o que fazer quando está doendo e uma força externa chega para ajudar.
O primeiro lugar para onde a pílula vai depois de você ingeri-la é no estômago. Lá, ele se dissolve no ácido do estômago e outros líquidos que ficam lá. Ou, se não se dissolver imediatamente por qualquer motivo (estômago cheio, por exemplo), fica preso no processo digestivo e segue para o intestino delgado.
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De qualquer forma, os produtos químicos analgésicos da pílula são decompostos em uma forma molecular gerenciável pelo fígado (mais sobre isso depois) e então entram na corrente sanguínea.
O sangue, como você se lembra das aulas de saúde do colégio, viaja por todo o corpo, até a última célula. Isso significa que as moléculas de aspirina vão para todas as células do corpo também.
Digamos que você esteja com dor de cabeça. A aspirina para em seu cotovelo, por exemplo, mas você não sente que ela faz nada ali. Motivo: nenhum produto químico transmissor da dor está disparando no cotovelo. Na cabeça, porém, os transmissores da dor estão disparando e o analgésico responde.

O motivo pelo qual você precisa tomar mais aspirina ou ibuprofeno algumas horas depois é porque o processo que os leva até o local da dor dilui os produtos químicos analgésicos.
Principalmente o fígado. Pois, embora a aspirina esteja lá para ajudar, o fígado precisa decompor o medicamento, transformar e filtrar os ingredientes da aspirina antes que ela atinja a corrente sanguínea.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Portable Press