Novo estudo revela que antibióticos podem predispor você ao mal de Parkinson, entenda

Seus antibióticos podem protegê-lo contra resfriados e gripes, mantendo-o mais saudável. Mas muitos antibióticos podem predispor você ao mal de Parkinson, diz um novo estudo.

O aumento do uso de antibióticos pode predispor à doença de Parkinson!
Foto: (reprodução/internet)

De acordo com a Sociedade de Microbiologia, se ficássemos sem antibióticos eficazes, a medicina moderna estaria atrasada décadas.

No entanto, a nova pesquisa sugere que o uso excessivo e irresponsável de antibióticos pode nos levar a desenvolver a doença de Parkinson.

Antibióticos alteram o microbioma intestinal

Os antibióticos causam alterações no microbioma intestinal, que já está associado a transtornos psiquiátricos e à doença de Crohn.

Por outro lado, constipação, Síndrome do intestino irritável e doença inflamatória intestinal têm sido associadas a um risco aumentado de doença de Parkinson.

O estudo reconhece que o microbioma intestinal que ocorre devido ao uso de antibióticos pode ser responsável pelo desenvolvimento da doença de Parkinson.

“A ligação entre a exposição a antibióticos e a doença de Parkinson se ajusta à visão atual de que em uma proporção significativa de pacientes a patologia de Parkinson pode se originar no intestino, possivelmente relacionada a alterações microbianas, anos antes do início dos sintomas motores típicos de Parkinson, como lentidão, músculos rigidez e tremores das extremidades.”, segundo o principal pesquisador do estudo, Filip Scheperjans.

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A causa ainda não é clara

“Era sabido que a composição bacteriana do intestino em pacientes com Parkinson é anormal, mas a causa não é clara.”

“Nossos resultados sugerem que alguns antibióticos comumente usados, que são conhecidos por influenciar fortemente a microbiota intestinal, podem ser um fator predisponente”, ele conclui.

As associações mais fortes foram encontradas para antibióticos de amplo espectro e aqueles que atuam contra bactérias e fungos anaeróbicos. O momento da exposição ao antibiótico também parecia importar.

O artigo foi publicado na revista Movement Disorders.

Traduzido e adaptado por Agora Sabe

Fonte: Organic Facts