
A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) deu a seus líderes a chance de negociar novos acordos comerciais e talvez até proibir a venda de certos produtos – como peles.
É algo que os ativistas dos direitos dos animais vêm defendendo há muito tempo, e uma carta recentemente divulgada do secretário do meio ambiente do Reino Unido, George Eustice, sugere que o governo realmente investigará a possibilidade.
Conforme relata o The Independent, Eustice escreveu ao chefe executivo da British Fur Trade Association que “uma vez que a futura relação comercial do Reino Unido com a UE for estabelecida, haverá uma oportunidade de considerar outras medidas que poderiam ser tomadas em relação à venda de peles.”
Está longe de ser uma proclamação definitiva, mas como Eustice parecia aberto a banir as peles no passado, a carta foi considerada um sinal positivo para o movimento Fur-free (do inglês, livres de pele).
Se o Reino Unido eventualmente proibir a venda de peles, isso pode significar o fim dos autênticos chapéus de pele de urso usados pela Guarda da Rainha, que são mais frequentemente vistos estacionados fora do Palácio de Buckingham.
De acordo com o Londonist, os chapéus de 18 polegadas são criados com pele de ursos negros mortos durante o abate anual de ursos negros no Canadá – uma caçada em grande escala que ajuda a manter a população sob controle – e o Ministério da Defesa do Reino Unido compra até 100 novos chapéus para os famosos imperturbáveis soldados de infantaria a cada ano.

A tradição de usar tal capacete excêntrico remonta à Batalha de Waterloo em 1815, quando a Guarda Imperial de Napoleão usava chapéus semelhantes para fazê-los parecer mais altos e intimidadores.
Depois que os franceses foram derrotados pelo duque de Wellington e seu exército britânico, a Grã-Bretanha adotou os chapéus como um símbolo de vitória.
Mas mesmo que o Reino Unido proíba as peles no futuro, a Guarda da Rainha ainda pode manter o costume. Afinal, existem muitos tipos convincentes de pele falsa no mercado atualmente.
E quanto ao que a Rainha Elizabeth II poderia pensar sobre a mudança, achamos que ela concordaria; ela própriadesistiu de usar produtos de pele em 2019.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Mental Floss, The Independent