Aqui estão três invenções importantes que foram descobertas por acidente

Quando a impressão digital passou a resolver crimes | Novidades da ciência  para melhorar a qualidade de vida | DW | 03.09.2016
Foto: (reprodução/internet)

Você está sujeito a acidentes? Não se preocupe, pode acabar tornando o mundo um lugar melhor.

1. A invenção do vidro laminado

Um dia, em 1903, o químico francês Edouard Benedictus estava trabalhando em seu laboratório quando acidentalmente derrubou um frasco de vidro vazio de sua bancada.

Ao pegá-lo, percebeu algo estranho: o vidro havia se quebrado em muitos pedaços, mas eles permaneceram grudados no formato da garrafa.

Após uma investigação mais aprofundada, ele descobriu que o frasco havia sido preenchido com colódio, uma solução química xaroposa que, quando evaporada, deixa uma película transparente.

O filme revestiu o interior do vidro e manteve as peças juntas (O colódio, embora bastante tóxico, era usado naquela época para selar cortes após a cirurgia). Embora Benedictus achasse isso interessante, ele voltou ao seu trabalho normal.

Poucos dias depois, ele leu uma história de jornal sobre uma mulher que havia sido morta por um pára-brisa quebrado em um acidente de carro. Benedictus, então, correu para o seu laboratório e inventou o vidro laminado.

2. Descobrindo como detectar impressões digitais ocultas

Em 1977, Fuseo Matsumur, um examinador em um laboratório criminal japonês, estava colocando cabelos em lâminas de microscópio durante uma investigação de assassinato.

De repente, ele percebeu suas próprias impressões digitais se desenvolvendo nas lâminas de vidro.

Ele comentou com seu parceiro, Masato Soba, que perguntou o que ele tinha usado para prender os cabelos nas lâminas. Fuseo disse que estava usando éster de cianoacrilato, mais conhecido como supercola.

Soba começou a fazer experiências e logo descobriu que os vapores da super cola são absorvidos pela transpiração e pela oleosidade deixada pelas impressões digitais, tornando-as brancas.

O uso de vapores de cianoacrilato para revelar impressões digitais latentes (difíceis de encontrar) tornou-se um dos maiores avanços na história da perícia de impressão digital.

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3. Criando o Slime/Amoeba

Em 1943, o engenheiro da General Electric, James Wright, estava tentando criar borracha artificial, desesperadamente necessária para o esforço de guerra porque os japoneses haviam invadido áreas de produção de borracha no Sudeste Asiático.

Em um experimento, Wright tentou misturar ácido bórico com óleo de silício. A substância resultante era incrivelmente flexível e podia ser esticada por grandes distâncias.

Essas qualidades não eram muito úteis, mas a substância era divertida. Membros da família e amigos de Wright – e até amigos de amigos – brincaram com a “massa de noz” por anos, até que alguém finalmente pensou em comercializá-la.

Em meados da década de 1950, o “Slime” era um dos brinquedos mais populares do país.

Traduzido e adaptado por Agora Sabe

Fonte: Portable Press