Uma das crenças mais comuns em relação ao COVID-19 é que ele é menos ativo em altas temperaturas e alta umidade. Um recente estudo americano, publicado na Clinical Infectious Diseases, validou essa crença, mas apenas até certo ponto.
Os pesquisadores descobriram que a doença realmente diminui com o aumento da temperatura de até 11º C. No entanto, essa associação foi muito pequena e a transmissão permaneceu alta mesmo em temperaturas mais altas.
Para estudar a associação, a equipe do Hospital Mount Auburn escolheu casos de COVID-19 de 22 de janeiro a 3 de abril deste ano. Eles analisaram esses dados por referência cruzada com precipitação diária, temperatura máxima e índice de UV.
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Para avaliar os atrasos de transmissão, a equipe realizou uma análise de sensibilidade em 3 dias, 7 dias e 9 dias. A equipe descobriu que, quando a temperatura era superior a 11º C, o número de novos casos caiu em 5 dias.
A associação com novos casos em 5 dias foi invertida quando a temperatura estava abaixo de 11º C. A equipe previu que a taxa de novos casos diminuiria em estados onde a temperatura máxima se estabilizasse acima de 11º C.
Índice de UV mais alto também foi associado a menor número de casos. A equipe não encontrou nenhuma associação com precipitação.
A equipe concluiu que, embora a incidência da doença tenha diminuído em temperaturas mais altas, não havia uma associação clara entre temperatura e transmissão, que permanecia alta mesmo quando estava mais quente.
COVID-19 é uma situação emergente em rápida evolução. Esteja atento às pesquisas mais recentes.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts