O que por muito tempo foi uma questão de fofoca e histórias, agora é uma questão de estudo científico: o adultério.
Uma equipe de cientistas belgas estudou dados genealógicos de longo prazo junto com evidências de DNA para estudar padrões de paternidade e paternidade extra-par (PEP) em certas partes da Europa Ocidental nos últimos 500 anos.
Publicado na revista Current Biology, o estudo revelou alguns detalhes surpreendentes sobre os padrões de adultério e o contexto social em que ocorre.
Detalhes sobre o estudo
O estudo abrangeu 500 anos, que incluiu várias mudanças sociais significativas, como a Revolução Industrial e a rápida urbanização das cidades.
A equipe usou dados genealógicos para identificar 513 adultos da Bélgica e da Holanda que compartilhavam um ancestral paterno comum.
Isso significava que eles deveriam ter o mesmo cromossomo Y. Eles descobriram que o contexto social e o status socioeconômico desempenharam um papel importante na ocorrência de PEP.
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Contexto e status socioeconômico influenciam a PEP
As taxas gerais de PEP foram bastante baixas, em torno de 1%. Mas havia grandes diferenças nas diferentes classes socioeconômicas.
As taxas de PEP eram as mais baixas (cerca de 1%) entre os comerciantes, artesãos e agricultores abastados nas áreas rurais. No entanto, era cerca de 4% entre os tecelões e operários da classe baixa.
Além do status econômico, a densidade populacional também afetou as taxas de PEP. Embora possa ser tão baixo quanto 0,5% nas populações rurais que vivem em áreas escassamente povoadas, as taxas de PEP podem chegar a 6% entre as classes socioeconômicas em cidades densamente povoadas.
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Organic Facts