Conheça um novo peixe híbrido criado acidentalmente por cientistas

 

Two sturddlefish siblings from the experiment.
Foto: (reprodução/internet)

A última invenção acidental do mundo da ciência é o sturddlefish, um cruzamento criado em laboratório entre um peixe-remo (Polyodon spathula) e um esturjão russo (Acipenser gueldenstaedtii).

Superficialmente, as unidades parentais formam um par improvável. Por um lado, eles não são exatamente vizinhos – como seus nomes indicam, o esturjão é nativo da Rússia e seus arredores, e o peixe-remo é encontrado em todo o vale do rio Mississippi, nos Estados Unidos.

Suas dietas também diferem; o carnívoro esturjão caça crustáceos e pequenos peixes ao longo dos fundos de lagos e rios, enquanto o peixe-remo se limita a filtrar o zooplâncton da água.

Mas eles têm algumas coisas em comum. Como relata o The New York Times, o peixe-remo e o esturjão são espécies de peixes grandes de água doce, de crescimento lento e com longa vida útil.

E ambos são considerados “peixes fósseis”, uma vez que suas linhagens datam da era mesozóica. Eles também estão criticamente ameaçados como resultado da perda de habitat, pesca excessiva e poluição.

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Para ajudar a fortalecer as populações cada vez menor na natureza, os cientistas do Instituto de Pesquisa de Pesca e Aquicultura da Hungria têm trabalhado para criar as duas espécies em cativeiro.

No ano passado, eles usaram um processo de reprodução assexuado chamado ginogênese, que exige que o esperma esteja presente, mas não usa seu DNA. Só que dessa vez um pesquisador, por engano, deu espermatozóide de peixe-remo a ovos de esturjão.

Os cientistas logo deram as boas-vindas a centenas de filhotes de peixes híbridos saltitantes com a tendência de suas mães para comer carne e várias combinações dos atributos físicos de seus pais. Um estudo do híbrido foi publicado na edição de julho da revista Genes.

(A) é um esturjão russo, (D) é um peixe-remo e (B) e (C) são dois sturddlefishes. Foto: (reprodução/internet)

Nunca quisemos brincar com a hibridização”, disse o Dr. Attila Mozsár, pesquisador sênior do instituto e co-autor do estudo ao The New York Times. “Foi absolutamente não intencional”. Aproximadamente 100 sturddlefishes ainda estão vivos no laboratório, mas os pesquisadores não planejam criar mais.

Se os peixes, como muitos outros híbridos, forem estéreis, eles não serão capazes de produzir caviar, razão pela qual os esturjões russos são principalmente valorizados. Além disso, a introdução de um novo híbrido na natureza pode ameaçar as espécies existentes.

Traduzido e adaptado por Agora Sabe

Fonte: Mental Floss