Entenda como os romanos antigos tranformaram a morte em entretenimento

 

O erro mortal. O juiz que condenou a morte de um… | by Gustavo | Simetria |  Medium
Foto: (reprodução/internet)

Os romanos adoravam espetáculo, e em nenhum lugar isso era mais aparente do que nos shows públicos organizados por seus governantes.

Para permanecer a favor, os imperadores de Roma construíram vastos locais, incluindo o famoso Coliseu e o Circo Máximo, onde caçadas de animais, execuções públicas e até batalhas navais eram encenadas – à custa de muitas vidas humanas.

Através de execuções públicas

Realizados nos anfiteatros do império ao meio-dia, depois das caçadas aos animais (venationes) e antes das batalhas de gladiadores, os ludi meridiani eram considerados uma forma necessária de controle social.

Essas execuções públicas mostraram às pessoas que os poderes constituídos estavam comandando o show. Criminosos condenados foram os “performers” azarados neste espetáculo, onde poderiam enfrentar uma série de finais horríveis.

Aqueles condenados à morte seriam conduzidos à arena parcialmente vestidos ou completamente nus, e frequentemente acorrentados para aguardar seu destino.

Isso pode vir na forma de animais selvagens, um carrasco ou uma luta até a morte com outros prisioneiros. Em “charadas fatais”, essas almas azaradas foram forçadas a reconstituir histórias míticas antes de serem mortas.

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Através de shows aquáticos

As naumachia, ou shows aquáticos, eram extremos até mesmo para os romanos. Enquanto alguns naumachia ocorreram no próprio Coliseu, inundado com água, muitas dessas reconstituições épicas foram realizadas em bacias artificiais caras construídas especialmente para o evento.

Um show impressionante apresentado por Augusto em 2 A.C. viu 30 navios recriarem a Batalha de Salamina (480 AC), com 3.000 homens lutando até a morte.

Ele foi instalado em uma bacia que media aproximadamente o comprimento de cinco campos de futebol – e preenchida com cerca de milhares de metros cúbicos de água – o suficiente para encher mais de cem piscinas olímpicas.

Os homens que desempenhavam o papel de remadores e soldados nesses shows eram geralmente prisioneiros de guerra ou criminosos.

Em outro show aquático, encenado por Júlio César, 4.000 remadores conduziram 2.000 soldados para a batalha falsa, vestidos com fantasias de egípcios e tírios.

Mas, embora a batalha tenha sido amplamente coreografada para refletir a história, a luta foi real. Milhares morreram, em combate ou por afogamento, para manter as hordas romanas entretidas.

Traduzido e adaptado por Agora Sabe

Fonte: Portable Press