O lendário ator de terror e ficção científica faleceu em 2015. Mas antes de interpretar o Conde Drácula ou o Conde Dooku, Christopher Lee foi um dos soldados mais ousados da Inglaterra.
Enquanto as forças de Adolf Hitler invadiam a Europa na preparação para a Segunda Guerra Mundial, Lee se ofereceu para lutar pelos finlandeses em 1939 e acabou se alistando na Força Aérea Real.
Ainda sobre famosos com históricos surpreendentes: We will ROCK you: o principal guitarrista do Queen sabe mais sobre rochas espaciais do que você imagina
Ele passou os anos da guerra aprendendo russo, alemão e francês, lutou contra as forças de Mussolini no norte da África, quase foi morto duas vezes e até conseguiu subverter um motim.
Seus muitos atos de bravura no campo de batalha renderam-lhe várias honras. Mas a carreira militar de Lee deu uma guinada estranha quando o conflito global começou a diminuir.
Devido ao seu prolífico domínio da língua, ele foi uma escolha óbvia para servir no Registro Central de Criminosos de Guerra e Suspeitos de Segurança, uma organização encarregada de caçar nazistas em fuga, que haviam cometido crimes indescritíveis.
Devido à natureza sensível e sigilosa do registro, não se sabe muito sobre o que Lee e seus colegas fizeram durante esse período. Muitas vezes ele se recusava a falar sobre isso e, quando pressionado durante as entrevistas, costumava dizer aos repórteres: “Vocês podem guardar um segredo? Bem, eu também posso. ”
No entanto, pelo menos algumas histórias escaparam. Lee frequentemente insinuava as missões em que participava. No set de um dos filmes O Senhor dos Anéis, o diretor Peter Jackson tentou dizer a Lee como se comportar durante uma cena em que seu personagem foi atingido por uma adaga.
Depois de ouvir pacientemente as instruções de Jackson, Lee o informou friamente: “Você tem ideia de que tipo de barulho acontece quando alguém é esfaqueado pelas costas? Porque eu faço.”
Em 1946, Lee voltou ao Reino Unido e acabou decidindo se tornar ator. Suas habilidades com o idioma e sua personalidade imperturbável o ajudaram muito nas décadas que se seguiram.
“Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, eu tinha 23 anos e já tinha visto terror o suficiente para durar uma vida inteira”, disse ele uma vez. “Eu tinha visto coisas terríveis, terríveis … então ver o terror retratado no filme não me afeta muito.”
Traduzido e adaptado por Agora Sabe
Fonte: Portable Press
